Tendo estudado Belas-Artes no reino Unido, descobri que a Holanda era um país perfeito com excelentes apoios e oportunidades para me ajudar na minha profissão. Estava completamente focado nesse objetivo: vir a ser um artista plástico. Durante esse período, trabalhava essencialmente em galerias de arte privadas como assistente técnico ou preparador de obras de arte, garantindo que tinha tempo livre suficiente para as minhas próprias obras de arte e exposições. Após alguns anos a trabalhar nesta área, fiquei desanimado pela “bolha da arte”, a sensação elitista no seio de uma rede restrita, e pensei: “que parte disto tudo é que me dá mais gozo?” A lado de criar ou o estilo de vida? Eu escolho a primeira. Adoro fazer coisas, por isso deixei o mundo da arte para trabalhar por minha conta como carpinteiro e marceneiro, sempre com a intenção de criar arte, mas não como meio de subsistência.
Comprei uma casa com minha companheira. Tinha alguma experiência de trabalhar como servente de obras, dos tempos do Reino Unido, e trabalhei com um carpinteiro durante alguns anos, por isso, sabia o básico, mas este era um desafio totalmente diferente, uma casa inteira para renovar! Acabei a renovar tudo. Toda a instalação elétrica, a canalização, as paredes interiores, as casas-de-banho, etc. Demorou mais de um ano a acabar e ainda hoje continuo a fazer alguns novos arranjos. Depois disso, comecei a encontrar clientes.